29 de fev. de 2008

ESTREIA



Tendo como cenário um palco de cabaré, Madame Sorte narra juntamente com seus auxiliares, músicos e atores, a breve história de um rapaz que por sua intercessão foi resgatado da morte quando criança e entregue aos cuidados do Rei dos Gatos.

Agora o rapaz é adotado por um velho camponês pai de dois outros filhos. Com o passar do tempo o velho morre e a partir desse momento Gato e seu irmão mais novo são expulsos da casa onde moravam.

Assim se inicia uma jornada de descobertas onde encontrarão situações inusitadas.


A Cia. Cornucópia desta vez foi buscar inspiração num dos mais conhecidos contos do universo infantil, O Gato de Botas, de Charles Perrault.

Encontramos aí uma primeira questão a ser resolvida: reapresentar essa conhecida história porém tendo a liberdade de dissecá-la, acrescentando outros elementos, outras temáticas que pudessem apresentá-la cênicamente com renovado encanto.


A partir deste impulso, foi desenvolvendo-se uma pesquisa para a criação do texto num processo colaborativo entre diretor, atores, músicos e escritor. O resultado é um pré – texto ainda aberto a novos estímulos .


Dando continuidade a uma pesquisa que já vem sendo realizada pela cia. Dentro de uma utilização harmônica de múltiplas linguagens cênicas, partimos do teatro épico para narrar a fábula de forma à desconstruí-la na sua narrativa linear e transforma-la em um jogo cênico onde convenções são apresentadas à platéia de forma lúdica expondo toda a sua teatralidade.



Recorremos, como sempre, à incidência de canções durante o espetáculo criando quebras na narrativa, o que nos levou a pesquisar a estrutura do gênero musical/ teatral Cabaré e dos espetáculos de Bertolt Brecht.

Outras influências que nortearam o trabalho merecem destaque: a utilização dos recursos do teatro de máscaras e bonecos, trabalho corporal baseado em Meierhold, universo gótico do diretor de cinema Tim Burton e as músicas de Tom Waits e Edith Piaf.




A estreia do " A Sorte, O Gato e as Botas" aconteceu no SESC Araraquara, dia 24 de fevereiro, o espetáculo está montado, o resultado impressionou ao público que lotou a área de convivência do SESC, um lugar aberto com poucos recursos de iluminação e bem próximo as pessoas, rendendo muito divertimento, emoções e aplausos , muitos aplausos. O público captou a força do nosso trabalho, a energia sublime da nossa vontade de criar e se transportaram para o nosso universo idílico em que a vida se transforma na canção mais contagiante de se cantar.





Um comentário:

FeiraChic disse...

KATES, você loira está o máximo!
Adorei o blog, dá pra acompanhar tudo bem de pertinho!
Não deixe de avisar quando a peça chegar em Ribeirão.
Ah, vou link o blog de vocês no meu.
bjo